terça-feira, 1 de abril de 2014

Amigas, leiam com atenção:


Se você usar um vestido curto para ir numa balada, isso não significa que você quer ser estuprada.
Se você usar um vestido curto para ir numa balada com o intuito de transar, isso não significa que você quer ser estuprada.
Se você usar um vestido curto para ir numa balada com o intuito de transar e, para isso, resolver dançar sensualmente na frente de um cara, isso não significa que você quer ser estuprada.
Se você usar um vestido curto para ir numa balada com o intuito de transar, dançar sensualmente na frente de um cara, aceitar ir para a casa dele, tirar a roupa mas, na hora H, resolver que não quer continuar, isso não significa que você quer ser estuprada. 

Se você necessitar passar por um local escuro, sozinha, à noite, não significa que você quer ser estuprada.
Se você necessitar passar por um local escuro, sozinha, à noite, com roupas sensuais, não significa que você quer ser estuprada.
Se você optar passar por um local escuro, sozinha, à noite, com roupas sensuais, não significa que você quer ser estuprada.

Se você se despir para manifestar-se artisticamente, protestar ou apenas passear por aí, não significa que você é, necessariamente, uma puta.
Se você se despir para manifestar-se artisticamente, protestar ou apenas passear por aí, não significa que você não tenha os mesmos direitos que qualquer outra mulher ou homem.
Se você se despir para manifestar-se artisticamente, protestar ou apenas passear por aí, não significa que você quer ser estuprada.

Resumindo: nenhuma mulher, sobre nenhuma condição, quer e merece ser estuprada.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Olhe-me. Veja-me como você nunca me viu, explorando cada detalhe de mim. Mas não o faça com lascívia, apenas com desejo de conhecer-me cada vez mais. Deixe-me perceber que você me admira e que não se cansa de me olhar.

Toque-me, de forma suave e sentimental. Toque-me e olhe dentro dos meus olhos, contando através dos seus o quanto eu sou importante para você. Não quero um toque sensual, tampouco um gesto forçado. Toque-me porque você quer, porque você precisa.

Sinta-me. Saiba o que se passa comigo. Use parte do seu tempo para prestar atenção em mim. Não é difícil como você pensa, apenas exige um pouco mais de empatia.

Fale-me. Diga o que se passa por sua cabeça. Diga coisas tolas e fúteis, mas não omita seus pensamentos. Conte-me sobre seu dia, seus problemas e desafios. Não me esconda nada.

Seja meu amigo, meu pai, irmão e filho. Seja aquele em quem eu possa confiar.

domingo, 27 de outubro de 2013

Eu não gosto de pessoas que fedem. Normal, ninguém gosta. Mas fedor de cigarro me trás ideias psicóticas de formas horríveis sobre como eu poderia matar o fumante em questão. Pouco me importo com a liberdade de escolha de cada um: escolheu ser fedido, morreu pra mim. Não consigo nem olhar na cara, pra evitar que minhas mãos avancem pelo pescoço e esgane a pessoa.


Mais do que isso: eu não consigo entender que pessoa, inteligente e em sã consciência, enfia um cigarro na boca e desfruta de uma fumaça tóxica pra depois passar o resto do dia fazendo amigos, colegas e conhecidos aguentar as consequências do seu hábito ridículo.

Bêbados também fazem coisas ridículas, mas quando isso acontece, eu posso mandar pro quinto dos infernos que ninguém vai me achar grossa. Agora, pensem na cara de espanto de todos se eu olhar para um fumante que está perto de mim e dizer: sai daqui, você fede. Não pode, é politicamente incorreto. Coitados, eles já fazem um esforço enorme em fumarem longe da gente pra não nos obrigarem a ser fumantes passivos, né? Não podemos ser preconceituosos...

Que se dane essa moral aos avessos. Que todos morram de câncer em uma morte bem lenta e dolorida.

terça-feira, 11 de setembro de 2012


Eu te perdôo por não estar presente nos momentos mais especiais da minha vida: nas festas de família, nas apresentações da escola, nos aniversários...

Eu te perdôo por sempre me deixar ansiosa esperando sua presença como quem espera um grande presente que só é entregue a conta-gotas.

Eu te perdôo por ter partido tão cedo, por ter partido duas vezes: primeiro, de minha vida, depois, da sua.

Eu te perdôo por ficar contra mim e achar que eu não gostava de ti, depois que ficou doente. Nunca nos deram tempo e espaço para conversarmos melhor sobre isso.

Eu te perdôo por ter me delegado o papel de “segunda”, por ter feito eu esperar, por ter marcado para sempre a minha relação com os homens, tornando difícil a entrega.

Eu te perdôo por me abandonar. 

Até a próxima vida.

domingo, 5 de agosto de 2012


Bom dia. Antes de começar a escrever, eu gostaria de me apresentar: sou ninguém. Não, esse não é um texto sobre lamentos e fracassos. É apenas a mais óbvia constatação de que, até a hora que você começou a ler estas palavras, eu não existia. Assim como você não existe para mim, estranho.

Reconhecidos estes fatos, é possível entender por que tanta gente busca arduosamente a fama – eterna, de preferência. Uma pessoa não existe senão para aquelas que a conhecem e, quanto mais gente a conhecer, mais ela estará presente. É uma questão de sobrevivência: queremos nos manter vivos o maior tempo possível! Dessa forma, alguém muito famoso se manterá vivo mesmo depois de morto, de acordo com a importância daquilo que fez/foi/disse.

Enfim, voltando ao início: eu não sou alguém importante para você. Não faço falta na sua vida. Você não depende financeiramente nem afetivamente de mim. Mas é provável que exista algum cantor que tenha uma música que mudou a sua vida e você sempre se lembrará dele. Tudo bem, “mudou a sua vida” soou um pouco radical, mas digamos que algum cantor, ator ou escritor de livro de autoajuda disse alguma coisa que o fez repensar conceitos: essa pessoa é especial para você e permanecerá em sua lembrança.

Esse é o ponto principal de toda a história: a lembrança. Desejamos e precisamos ser lembrados, pois queremos ser alguém. E fazemos um pouco de tudo para isso, como escrever textos, por exemplo. Ou atirar em pessoas dentro de uma sala de cinema. Ou posar sem roupas para revistas de gosto duvidoso. Na verdade, não importa o que fazemos, mas sempre fazemos alguma coisa para sermos lembrados. Basta saber se essa coisa é boa o suficiente para conseguir o que se quer. 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mulher precisa de elogio. Fato. E mulher precisa de elogio pela mesma razão que homem precisa de carro novo: autoestima. É o combustível, aquilo que vai fazer ambos se olharem no espelho e pensarem: eu valho alguma coisa.

Mas, no caso da mulher, o elogio precisa ser verbal. Homem sabe que é valorizado quando olham pro seu carro com admiração, mas mulher é diferente. Ela só vai ter certeza que é admirada se ouvir isso da boca de alguém. De qualquer pessoa, diga-se de passagem. Em especial de outras mulheres. Mas, no fundo, o elogio que mais vale, que mais motiva, que faz uma mulher ter força nos momentos difíceis, é aquele que vem de quem ela está mais próxima, de quem mais ama e respeita.

Falta de elogio tem como resultado a desmotivação. Insegurança. Sentimento de incapacidade. Elogio é tão importante que não há mulher que nunca tenha usado artimanhas diversas para chamar a atenção e ganhar uma palavra positiva. Pior é quando o homem não entende tal necessidade e frustra todas as expectativas femininas. Daí surgem as mulheres chatas, ranzinzas, deprimidas, histéricas até. Se eles soubessem como é fácil deixar uma mulher feliz...

domingo, 6 de maio de 2012

Chorar, baixinho
Debaixo do edredon
Pra somente o travesseiro saber.

Chorar, mas que o mundo não saiba
Porque ninguém vai entender
A maneira que dói a minha dor.

Chorar, porque só a lágrima alivia
Aquilo que já não dá pra esconder
Aquilo, que não encontro resposta

Chorar, porque não dá pra controlar
Porque a solução não vem
Porque a paciência não é meu dom

Enxugar as lágrimas rapidamente
Pra não ter que explicar o que foi
Porque ninguém quer saber o que foi.